Por que tantos desastres naturais acontecem em SC?
Devido a posição geográfica de Santa Catarina, a formação de sistemas que trazem chuvas e vendavais são comuns no estado. Esses fenômenos comumente acontecem durante uma tempestade ou durante a passagem de ciclones.
Segundo a Defesa Civil do estado, os ciclones são o terceiro evento mais comum em SC, ficando atrás somente de enxurradas e da estiagem.
Os vendavais são os fenômenos que mais causam vítimas, com mais de 1,4 milhões de moradores prejudicados entre os anos de 1990 e 2019, ainda conforme o órgão. Entre as regiões mais propensas a ocorrer os vendavais, destacam-se Blumenau, Chapecó e, principalmente, Araranguá.
Maior vendaval da história catarinense
Araranguá foi uma das cidades que precisou declarar estado de calamidade pública em 2004, quando um furacão de origem tropical atingiu o Estado, o que tornou a situação atípica.
Para quem presenciou o vendaval, é difícil esquecer. No momento da tragédia, os socorristas chegaram a se locomover rolando no chão, para não serem arrastados com a ventania. No rádio, o sargento de bombeiros e chefe de socorro no dia do fenômeno, Nilson Gonçalves, mandou todos ficarem em casa, sob a laje.
Em 26 anos de profissão, este foi o fenômeno mais marcante para Nilson, atuando mais de 24 horas em vários locais do Estado. “Quando bate um vento eu fico preocupado, ainda mais que moro perto da praia”, revela o sargento.
O fenômeno deixou 33,1 mil desabrigados, 78 feridos, 11 mortos e prejuízo de R$ 850 milhões, na época.
Furacão e tornado no estado
O Oeste de Santa Catarina é o mais suscetível ao fenômeno em toda a América do Sul, devido a sua localização geográfica e pela região de planalto. Contudo, muitas vezes o tornado é de tão baixa intensidade que nem chega a ser registrado.
Em mais de 20 anos, a Defesa Civil registrou mais de 30 ocorrências, que afetaram em torno de 70 mil moradores, principalmente na região de Chapecó. Entre os tornados históricos dos últimos 50 anos, destacam-se os que aconteceram em Guaraciaba (2009) e Xanxerê (2015), no Oeste.
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