Pior presídio do Brasil foi demolido no Rio Grande do Sul

O Presídio Central de Porto Alegre, historicamente conhecido por suas condições precárias e inseguras, enfrentou diversas críticas ao longo dos anos. Em 2008, durante uma CPI do Sistema Carcerário, foi rotulado como o pior presídio do país devido ao ambiente deteriorado, esgoto a céu aberto, e celas que mal possuíam trancas, facilitando a interação livre entre os presos e consequentemente, aumentando o risco de incidentes e complicações de segurança tanto interna quanto externamente.

Quais foram os passos para a desativação e reconstrução desse complexo penitenciário?

A decisão de dar fim ao caos instalado e começar um projeto de revitalização do Presídio Central foi tomada no primeiro mandato do governador Eduardo Leite. Entretanto, somente a partir de 2022 as mudanças saíram do papel. O processo envolveu a transferência dos ocupantes e a demolição de uma parte do prédio. As obras de reconstrução estão previstas para introduzir melhorias significativas na segurança e na qualidade de vida tanto dos presos quanto dos servidores.

O novo design do presídio inclui torres de controle mais robustas e uma infraestrutura moderna que contempla desde melhorias no abastecimento de água e energia até a adoção de concretos de alto desempenho e fibras de polipropileno, que prometem maior durabilidade e uma significativa resistência à depredação. Além disso, o sistema de controle de portas será operado a uma distância segura, evitando o contato direto dos guardas com os detentos, o que aumenta a segurança operacional.

As mudanças no sistema prisional do Rio Grande do Sul, iniciadas pela reforma profunda no Presídio Central de Porto Alegre, fazem parte de uma estratégia maior chamada RS Seguro. O programa busca a redução de crimes através de uma abordagem que integra ação policial, políticas sociais e modernização de instalações penitenciárias. Com as novas instalações, espera-se que a taxa de criminalidade continue a diminuir, e que a administração penitenciária seja mais eficaz e humana, enfraquecendo a força das organizações criminosas que operam dentro e fora das prisões.

Desde a implementação do programa RS Seguro, o estado apresentou uma queda acentuada nos índices de criminalidade. Nos últimos seis anos, observou-se redução em casos de homicídio, latrocínio e roubo de veículos. Esses resultados representam um avanço significativo na segurança pública e demonstram o potencial das reformas que estão sendo feitas no sistema prisional.