Orelhões: será que eles ainda existem na Capital?

Segundo levantamento da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), mais da metade dos telefones públicos existentes na Capital estão danificados ou já não funcionam mais

Quem passa pelo Centro de Porto Alegre pode até não perceber. Recentemente, o aspecto de abandono dos equipamentos começou a incomodar a prefeitura, que trabalha em uma série de ações de revitalização no Centro Histórico.

Segundo levantamento da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), ainda há 670 telefones públicos — os populares orelhões — espalhados pela Capital. No entanto, mais da metade deles (382) está danificada ou já não funciona mais.

Conforme Marcos Felipi Garcia, secretário municipal de Serviços Urbanos, a prefeitura deu início à remoção dos orelhões danificados na região central. Eles serão armazenados nos depósitos da secretaria pelo período de 60 dias.

O prazo é para que a operadora Oi, responsável pelos telefones públicos, tenha tempo hábil de recolher os equipamentos e efetuar os reparos. Segundo a Anatel, a Oi foi notificada em 4 de agosto. Como não recebeu retorno, o Executivo municipal optou por iniciar um mapeamento dos orelhões existentes na região central e remover aqueles que não estão funcionando.

De acordo com o secretário, a estimativa da prefeitura é de concluir o mapeamento dos equipamentos do Centro Histórico nos próximos 15 dias. Futuramente, mas ainda sem prazo definido, o mapeamento e a remoção devem se estender para os demais bairros de Porto Alegre.

Dos cerca de 160 mil orelhões existentes no Brasil, mais da metade (66%) registra uma média de menos de uma chamada por dia.