Orçamento de Porto Alegre deve ficar no azul em 2023, conforme aprovação da Câmara

A Câmara de Vereadores de Porto Alegre aprovou, nessa segunda-feira (5), o orçamento com as despesas previstas para 2023 segundo a prefeitura da Capital. 

Com 23 votos a favor e 10 contra, o texto estipula um ano com equilíbrio financeiro para a cidade. Conforme o orçamento, Porto Alegre arrecadará R$ 10,5 bilhões em impostos e transferências.
Para Urbano Schmitt, secretário municipal de Planejamento e Assuntos Estratégicos, o orçamento está dentro da realidade da Capital. “É um orçamento realista e exequível. E com alguns fundamentos: saúde, educação e a zeladoria da cidade. E nunca se teve R$ 15 milhões para o Orçamento Participativo como se tem agora”, afirma. 

Airton Ferronato (PSB), vereador e relator do orçamento, a projeção feita pela prefeitura é semelhante ao utilizado neste ano, porém o orçamento prevê 6,8% de gastos a mais em relação ao anterior.  “A projeção de investimentos na cidade está em torno de R$ 900 milhões em 2023. Temos um orçamento equilibrado. Não há discrepância entre o que se executou este ano e o que vai se executar ano que vem, com a correção monetária”, disse.

Educação gera polêmica em votação do orçamento 2023 de Porto Alegre

A educação foi um dos pontos que gerou polêmica durante a votação. Isso porque, através de uma emenda, o vereador Aldacir Oliboni (PT) pretendia repassar R$ 1 milhão para uma reforma que estabelecesse a reabertura da Escola Municipal de Educação Infantil Unidos da Paineira, na Vila Maria da Conceição, fechada há cinco anos. “Porto Alegre tem um déficit de mais de 6 mil vagas para crianças de 0 a 4 anos. É inadmissível que a gente tenha uma escola fechada há cinco anos. É inadmissível que uma cidade com o marketing das contas no azul tenha crianças fora da creche”, apontou Bruna Rodrigues (PCdoB).

A emenda, no entanto, foi barrada pela prefeitura. “Encaminhamos pela rejeição desta emenda, mas tendo dado acordo antes. O governo já construiu com Oliboni um acordo para buscar este R$ 1 milhão na Secretaria Municipal da Educação”, pontuou Claudio Janta (Solidariedade), líder do governo na Câmara.