Onda de frio que atingiu o RS deve durar diversos dias

As últimas semanas têm sido marcadas por temperaturas extremamente baixas no Sul do Brasil, especialmente no Rio Grande do Sul. A expectativa, segundo previsão da MetSul Meteorologia, é que essa onda de frio prolongue-se por mais duas semanas, intensificando-se e trazendo ainda mais dias gelados para a região. Desde o final de junho, marcas impressionantes foram registradas, como temperaturas 7°C abaixo de zero.

A situação é consequência da Oscilação Antártica que tem favorecido a frequente chegada de ar polar ao Cone Sul da América. Este fenômeno resulta em temperaturas muito abaixo das médias históricas registradas para esta época do ano, afetando significativamente a Argentina, Uruguai e, principalmente, o Sul do Brasil.

O que esperar das próximas semanas?

A recomendação é que os moradores do Sul se mantenham bem agasalhados e preparem suas residências para enfrentar o frio. Além da queda de temperatura, espera-se que as próximas semanas tragam mínimas ainda mais baixas e possíveis geadas em várias cidades gaúchas.

A previsão aponta para a chegada de três novos pulsos de ar polar apenas na próxima semana, com o primeiro previsto para atingir o estado entre hoje e amanhã. Estas condições exacerbadas deverão contribuir para um mês de julho que pode entrar para a história como um dos mais frios em terras gaúchas.

No período de 12 a 14 de julho, um terceiro e mais intenso pulso de ar frio deve atingir o estado. Modelos do Centro Meteorológico Europeu indicam temperaturas extremamente baixas, podendo chegar a marcas entre -8°C e -10°C, sobretudo em áreas de maior altitude.

  • Porto Alegre registrou -1ºC no início de julho.
  • Bagé teve média de 4,7ºC, significativamente menor que a média histórica de 8,1ºC.
  • Em Caxias do Sul, a temperatura média foi de 6,7ºC, quando o normal seria 8,8ºC.

Além das baixas temperaturas, as máximas durante este período também devem se manter reduzidas em várias cidades, com tardes que raramente ultrapassarão os 10ºC nas regiões mais impactadas pelo fenômeno.