Número de motos emplacadas no Rio Grande do Sul supera o nível pré-pandemia

O emplacamento de motocicletas alterou, pela segunda vez no ano, a projeção feita pela Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e similares (Abraciclo) após o aquecimento do mercado. 

As montadoras instaladas no polo industrial de Manaus devem encerrar o ano com 1,4 milhão de veículos distribuídos, o que representa uma alta de 17% em relação ao ano anterior, época em que chegou a 1,2 milhão de motos entregues.

No entanto, mesmo com a aceleração da produção, o ritmo ainda não é suficiente para cumprir a demanda gerada com a pandemia. Em nível nacional, o emplacamento de motocicletas acumulou em 1,1 milhão entre janeiro e outubro deste ano, superando em 23,6% o volume do mesmo período em 2019. 

Emplacamento de motocicletas aumenta no RS

No Rio Grande do Sul, o aumento nos emplacamentos de motocicletas levando em conta o período entre janeiro e outubro ficou em 10,4%, com um total de 26,5 mil novos licenciamentos. 

Segundo o vice-presidente do Sindicato dos Concessionários e Distribuidores de Veículos (Sincodiv/Fenabrave), Rogério Schroeder, este crescimento só não é maior porque o aumento das vendas no RS ainda está sob impacto da capacidade de entrega das fábridas. Ou seja, há vendas represadas por esta questão. 

Conforme Schroeder, alguns modelos possui carência de 60 dias, podendo considerar que chegou a seis meses entre 2020 e 2021. 

O vice-presidente explica que a pandemia aumentou a procura pelas motocicletas por estas serem consideradas uma forma de renda alternativa durante o lockdown, uma vez que os pedidos por entregas a domicílio tiveram grande aumento.

Há dois anos, a produção das motocicletas caiu 13,2%, ficando abaixo de um milhão de unidades. No entanto, com o levantamento das 1,2 milhão de unidades produzidas neste ano, a produção já iguala o total produzido em 2021.