Número de médicos no RS tem aumento surpreendente

Nas últimas duas décadas, a quantidade de médicos registrados anualmente pelo Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio Grande do Sul (Cremers) computou um salto de quase quatro vezes. Foram, segundo o próprio Cremers, 730 médicos em 2002 e 2.750 em 2022.

Carlos Sparta, presidente da entidade, celebrou a boa assistência médica-hospitalar que o estado oferece aos cidadãos.

“Somos contra a abertura indiscriminada de novas escolas médicas. Não adianta abrir por abrir. É preciso haver critérios. A faculdade tem que ter estrutura. Tem que ter um hospital próprio para que os alunos possam praticar. Tem que ter bons professores, para formar excelentes médicos”, comentou sobre os vinte cursos ativos de medicina.

Médicos por habitante

São, em média, 3,04 médicos para cada mil habitantes gaúchos, o que deixa o estado na quinta colocação em estudo de Demografia Médica publicado em fevereiro desse ano.

Totalizam-se 34.803 profissionais exercendo a profissão no estado. Apenas em Porto Alegre, que figura na terceira posição entre as capitais, sao 15.284 profissionais. A cidade conta com a melhor proporção do estado, possuindo 10,24 médicos para cada mil habitantes.

A Associação Médica Brasileira (AMB) e a Faculdade de Medicina da USP (FMUSP) foram as responsáveis pelo estudo analítico.

Após o RS, o Distrito Federal, possui 5,53 para cada mil habitantes, seguido por Rio de Janeiro, com 3,77, São Paulo, com 3,5, e Santa Catarina, com 3,05.

Porto Alegre segue atrás apenas de Vitória, com 14,49 e Florianópolis com 12,21.

Especialistas disponíveis

Cerca de 71% dos profissionais atuantes no estado são especialistas em alguma área. Todo o restante desse grupo são de médicos generalistas.

Projeções para o país

O estudo projeta 4,43 profissionais por mil habitantes em 2035, superando a marca de um milhão de médicos em atividade. Para o RS, a estimativa é de que 60 mil médicos estejam atuando, computando uma proporção de 5,16 mil habitantes.

Ainda segundo o estudo, as mulheres que hoje representam 49,3% do corpo médico nacional passará a ser de 56% em 12 anos.