Novo ranking coloca o Brasil entre os piores países do mundo e gera preocupação

De acordo com especialistas da área, apesar da reforma feita em 2019, o regime previdenciário brasileiro aparece entre os menos sustentáveis entre as 75 economias estudadas pelo Grupo Allianz. No ranking, o Brasil aparece em 65° lugar.

Diante do estudo, é possível observar que o Brasil, assim como várias outras nações, não está preparado para lidar com o envelhecimento da população, o que pode exigir novos ajustes de aposentadorias e pensões.

Ainda assim, a segunda edição do Relatório Global Previdenciário de 2023 destaca a pandemia do covid-19 como um dos principais motivos do declínio da expectativa de vida de muitos países.

Brasil fica em uma posição ruim

Com o estudo, o país fica com a 65° posição, ficando à frente apenas de Romênia, Tunísia, Emirados Árabes, Laos, Uzbequistão, Arábia Saudita, Marrocos, Líbano e Sri Lanka.

A Dinamarca lidera o ranking de dos regimes mais sustentáveis, seguida pela Holanda, Suécia, Nova Zelândia e Estados Unidos.

Com isso, a tendência de que o debate em torno de uma nova reforma cresça é incontrolável. Isso porque, a maioria dos sistemas previdenciários dão grande ênfase para o bem-estar dos pensionistas atuais, deixando de lado a próxima geração.

Além disso, a taxa de fertilidade vem caindo há décadas no país, o que futuramente, irá resultar em mais idosos e menos adultos.

Censo reforça os desafios dos brasileiros

Segundo os dados do último Censo 2022, divulgado recentemente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população está crescendo em um ritmo menor do que era projetado.

Por isso, a conta entre aposentados e trabalhadores ativos irá ficar cada vez mais desequilibrada no futuro, exigindo ainda mais recursos públicos para poder conter o elevado déficit da Previdência.

Os dados preocupam autoridades e a população, que futuramente, terão que lidar com crises ou mudanças no sistema previdenciário do país.

Foto: Bruno Rocha/Fotoarena/Folhapress