Notícia sobre segurança preocupa população do RS

Um estudo divulgado pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE-RS) mostrou uma série de deficiências em estrutura e políticas públicas de segurança nos municípios em território gaúcho.

Entre os problemas enfrentados pelo Rio Grande do Sul, um dos índices mais baixos é o de guardas municipais. Isso porque, apenas 34 das 482 prefeituras pesquisadas possuem esse tipo de efetivo no quadro de servidores. Sendo assim, a parcela equivale a 7,1%.

O levantamento divulgado nesta terça-feira (1º) mostrou que as guardas municipais gaúchas possuem poucos servidores.

Levantamento aponta problema na segurança

Ao todo, 44% das guardas municipais do Rio Grande do Sul funcionam com menos de 50 funcionários, enquanto 22% possuem entre 50 e 100 integrantes. 

De acordo com o TCE-RS, apenas três cidades contam com mais de 150 guardas: Porto Alegre, com 362, Gravataí, com 240, Nova Hamburgo, com 208, e Caxias do Sul, com 169.

Além disso, das 34 guardas registradas pelo TCE-RS, 38% não utilizam armas de fogo para trabalhar. Apenas metade dos que possuem o armamento obtêm controle dos tiros efetuados.

Outro detalhe importante feito pelo levantamento é o gênero dos agentes. Em 15,2% dos efetivos, 100% dos servidores são do sexo masculino e, em 45%, mais de 90% são homens. Sendo assim, o percentual máximo de mulheres fica entre 20% e 30%.

Dados desatualizados

Em contrapartida dos dados anunciados, o presidente da Associação dos Guardas Municipais do Rio Grande do Sul, Robson Ferraz, a pesquisa do TCE-RS está desatualizada.

Conforme Ferraz, 43 cidades contam com guardas municipais atualmente, várias foram criadas no ano passado. Mesmo assim, ele analisa os resultados do levantamento e afirma que as cidades perdem ao não possuir guardas municipais.

“Não é um sentimento, é um fato. Nós temos uma pesquisa da Fundação Getúlio Vargas que mostra que a cidade que tem Guarda Municipal reduz vários índices de criminalidade, inclusive homicídios”, opina Ferraz.

Foto: Leonardo Lopes/CMPA