Nasa revela dados surpreendentes sobre enchentes no RS

Recentemente, a Nasa divulgou imagens impactantes de satélite que destacam a gravidade das inundações ocorridas em maio no Rio Grande do Sul. As fotos mostram áreas onde a água atingiu a marca impressionante de cinco metros acima do solo, envolvendo principalmente a região de Porto Alegre e arredores.

Créditos: NASA Earth Observatory

Este registro impressionante é do dia 6 de maio, marcando uma semana de fortes chuvas no estado. Nas imagens, zonas em azul sinalizam desde pequenos alagamentos, de apenas dez centímetros, a grandes enchentes de até cinco metros de profundidade, com tons mais escuros indicando os maiores acumulados de água.

Quão severas foram as inundações no Rio Grande do Sul?

Os dados revelam que um dos pontos críticos foi próximo ao lago Guaíba, na região do delta do rio Jacuí. Segundo a agência espacial, apesar de muitas áreas mostrarem elevações de água inferiores a um metro, essa quantidade já é capaz de causar danos significativos às comunidades atingidas.

A Nasa explicou que utilizam esses dados detalhados para auxiliar nos esforços de resgate e nas estratégias de suporte às vítimas das enchentes, identificando as vias bloqueadas e as zonas mais afetadas. Essas informações são fundamentais para ajudar a direcionar os recursos para onde são mais necessários. Este método já foi empregado com sucesso em resgates durante furacões nos Estados Unidos.

Os efeitos devastadores das chuvas no estado não se limitaram a danos materiais. A Defesa Civil do Rio Grande do Sul reportou que 172 pessoas perderam suas vidas devido às condições climáticas extremas, com 41 indivíduos ainda desaparecidos. Além disso, mais de 572 mil pessoas foram desalojadas, com cerca de 30,4 mil encontrando refúgio temporário em abrigos até o pico da crise, em 12 de maio.

Embora o nível do lago Guaíba tenha baixado e se mantenha abaixo da cota de inundação desde o fim de maio, as imagens e dados compartilhados pela Nasa permanecem como um crucial instrumento para entender a extensão das inundações e planejar medidas preventivas para eventos futuros. Por meio de plataformas abertas, a agência continua a disponibilizar essas informações vitais, incentivando a colaboração entre órgãos públicos e entidades da sociedade civil para mitigar os efeitos de tais desastres naturais.