Não é só Porto Alegre! Outras 14 capitais brasileiras não possuem Plano de Mudança Climática

A questão das mudanças climáticas é um dos grandes desafios do nosso tempo, afetando não só o ambiente natural, mas também a infraestrutura, a saúde pública e a economia global. Uma recente pesquisa do Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN), relacionada ao planejamento urbano e às mudanças climáticas, revelou um cenário preocupante em algumas das principais cidades brasileiras.

De acordo com o estudo do IJSN, vinculado à Secretaria de Estado de Economia e Planejamento do Espírito Santo, apenas 11 capitais brasileiras, além do Distrito Federal, possuem um Plano de Mudanças Climáticas estruturado. Surpreendentemente, grandes cidades como Porto Alegre, a capital do Rio Grande do Sul, figuram na lista das 15 capitais sem um plano definitivo para combater e adaptar-se a esses desafios ambientais.

Quais são as capitais que não possuem planos?

O levantamento realizado pelo IJSN no começo de maio apontou que além de Porto Alegre, outras capitais como Aracajú (SE), Belém (PA), Boa Vista (RR), Cuiabá (MT), Campo Grande (MS), Goiânia (GO), Macapá (AP), Manaus (AM), Maceió (AL), Natal (RN), Palmas (TO), Porto Velho (RO), São Luiz (MA) e Vitória (ES) ainda estão sem um plano de ação climática formalizado. Por outro lado, cidades como Belo Horizonte (MG), Curitiba (PR), Recife (PE), Fortaleza (CE), São Paulo (SP), Florianópolis (SC), João Pessoa (PB), Rio Branco (AC), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA) e Teresina (PI), além do Distrito Federal, já possuem estratégias definidas e implementadas.

A falta de um plano de mudanças climáticas pode resultar em problemas significativos para as cidades, especialmente aquelas sujeitas a eventos climáticos extremos. A ausência de políticas de adaptação e mitigação aumenta a vulnerabilidade das populações urbanas a ondas de calor, inundações e outros desastres naturais que podem acarretar perdas humanas e econômicas substanciais.

Segundo Pablo Lira, diretor geral do IJSN, a omissão na criação desses planos em 15 capitais brasileiras “demonstra uma certa negligência dos gestores para a elaboração desse plano.” Ele destaca a importância de tais iniciativas, pois “se o poder público planeja e estabelece estratégias de gestão local para prevenção, mitigação e adaptação aos eventos climáticos extremos, ele consegue salvar vidas, amenizar danos e reduzir impactos de eventos extremos nos municípios”.

Essa pesquisa ressalta a urgência de ações imediatas para que todas as capitais brasileiras possam se adequar e lutar efetivamente contra as adversidades causadas pelas mudanças climáticas. Afinal, preparar-se para o clima do futuro é uma necessidade iminente para garantir o desenvolvimento sustentável e a qualidade de vida urbana.