Multas de R$ 195,23 por ação comum entre motoristas registra aumento de quase 90% no RS
A imprudência vem se mostrando presente cada vez mais vezes nos carros de motoristas gaúchos. A quantidade de multas aplicadas pelo descumprimento do uso obrigatório do cinto de segurança disparou em 88%, em apenas cinco anos. A comparação inclui apenas o período de janeiro a julho.
Sendo assim, as multas, em 2023, atingiram o patamar mais elevado de acordo com um levantamento feito pelo Departamento Estadual de Trânsito (Detran/RS), com informações desde 2010. Os especialistas ressaltam que há um desprezo quanto ao item de segurança, que multiplica o risco de morte em acidentes.
Aplicação de multas cresce no RS
Ainda segundo os dados do Detran/RS, foram aplicadas cerca de 100,9 mil multas por esse motivo nos primeiros sete meses de 2023, contra 53,6 mil no mesmo intervalo em 2018.
“Percebemos que houve um relaxamento em relação à disciplina para o uso do cinto, principalmente após a pandemia, que teve vários impactos no trânsito, como aumento de acidentes e de mortes, que inclusive levaram a um reforço na fiscalização para reverter esse quadro”, afirma o diretor-geral do Detran/RS, Mauro Caobelli.
O fenômeno fez o Detran lançar uma campanha de conscientização sobre a importância do uso do cinto de segurança.
Estudos comprovam os benefícios do equipamento
Há vários estudos que levam em consideração dados de acidentes em vias que comprovam a eficácia do cinto de segurança.
“Não usar o cinto no banco traseiro aumenta em cinco vezes, ainda, o risco de quem está na frente morrer em caso de sinistro. Isso ocorre porque, quando há uma colisão, pelas leis da física, quem está atrás continua em movimento e atinge quem está na frente. Com a velocidade, que aumenta a massa, mesmo uma criança de 15 quilos acaba sendo projetada como se tivesse o peso de um pequeno elefante”, afirma o presidente da seção gaúcha e vice-presidente nacional da Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet), Ricardo Hegele.
Reprodução/Detran PR
