Movimentos por moradia protestam em sedes de construtoras em SP

Um grupo de cerca de mil pessoas, integrantes do coletivo Resistência Urbana, que possui militantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) e do Movimento Sem Terra (MST), promoveu na manhã desta quinta-feira, 8, três marchas intituladas “Copa sem povo, tô na rua de novo”, que saíram de pontos diferentes e, tiveram como destino sedes de construtoras que possuem contratos para construção de obras voltadas para a Copa do Mundo.

Marcado para às 9h, os manifestantes se concentraram na Avenida Paulista, na altura da Praça do Ciclista, na Estação Berrini da CPTM, na Marginal Pinheiros, e na Estação Butantã do Metrô. Cerca de 300 pessoas saíram em marcha do cruzamento da Avenida Paulista com a Rua da Consolação, por volta das 10h20. No caminho, através de uma megafone, a liderança do ato destacou que seria um protesto pacífico, para uma atividade de denúncia. “A Copa hoje já tem um vitorioso, são as construtoras, os empresários”.

Assim que entraram na Avenida Angélica, em Higienópolis, os manifestantes interditaram o sentido Centro, acompanhados por policiais da Rocam. Logo que avistaram a sede da OAS, no número 2.346 da via, um grupo de dez pessoas correu em direção à porta, segurando-a, já que seu funcionamento é automático. Neste momento houve uma invasão de ao menos 100 sem-tetos, que ficaram por cerca de 30 minutos entoando gritos de guerra nas dependências da empresa. Encerrado o ato, o grupo retornou à Rua da Consolação, e bloqueou o sentido República por mais 30 minutos, quando o ato se dispersou na Praça Roosevelt.