Moradores de Americanópolis e Jaçanã reclamam de pertubação no dia de Natal

A noite do dia 24 e a madrugada do dia 25 de dezembro, feriado de Natal, foi de transtorno para diversos moradores dos bairros de Americanópolis, na zona Sul e Jaçanã – Tremembé, na zona Norte de São Paulo.

De acordo com relatos de moradores ao Infodiretas, desde às 20h da última terça-feira, o barulho vindo de motos e carros e o bloqueio de avenidas principais e ruas que ligam pequenos bairros ofuscaram às festas que eram promovidas pelas famílias. Mesmo distante mais de 30 quilômetros, a reclamação é a mesma quanto aos chamados à Polícia Militar. Diversas ligações para o 190 e nenhum atendimento para acabar com a pertubação do sussego que se estendeu até o raiar do sol.

A principal reclamação dos vizinhos, é que o termo “pancadão”, referência dada a concentração de jovens em volta de carros com o som alto e consumindo drogas e bebidas, deu lugar a inúmeras motos sem escapamento, com jovens sem capacetes e notoriamente menores de idade, sendo que na maioria das vezes portavam bebidas alcoólicas fazendo manobras arriscadas. Além dos motoqueiros, carros com o som em volume exacerbado trafegavam com o porta-malas aberto.

Foto: Eduardo Anizelli/Folhapress
Foto: Eduardo Anizelli/Folhapress

De acordo com A. S., de 40 anos, que mora na altura do número 15.000 da Avenida Coronel Sezefredo Fagundes, no Jardim das Pedras, região do Jaçanã, na zona Norte da capital, a bagunça teve início por volta das 20h, com carros passando com o som alto e motos estralando o motor. Com a passagem da meia-noite, o que era alegria tirou o sossego dos moradores que resolveram descansar. “Só conseguimos dormir após às 4h30, quando o barulho deu uma maneirada. Entendemos que é dia de festa, mas deve-ser haver respeito com quem quer dormir”. Segundo os moradores, a PM chegou a ser acionada, mas nenhuma viatura foi até o local.

Do outro lado da cidade, na região de Americanópolis, na zona Sul, os moradores do entorno da Rua Rodrigues Montemor, relataram uma noite de generalizada bagunça, que teve início às 15h e se prolongou até às 4h. Segundo o morador W. C., de 26 anos, diversas motos, com condutor e passageiro sem capacetes, trafegavam pelas ruas do bairro. “Motos onde o piloto girava o motor, moto sem escapamento, além de carros com som potente, me senti em uma rave. Fora o estilo músical, de péssimo gosto”. Indagado se chegou a acionar à PM, o morador disse que nem se preocupou com isso, pois sabia que a polícia não iria té o local. Tendo que ir trabalhar no dia 25, W. C. conta que pegou no sono somente às 4h, quando o barulho deu uma maneirada.