Lula ou Bolsonaro? Veja quais os partidos que decidiram ficar neutros no 2º turno

O segundo turno das eleições presidenciais entre Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Messias Bolsonaro (PL) está marcado para o dia 30 outubro. Dos 32 partidos existentes no país, 20 decidiram apoiar um dos candidatos no segundo turno da eleição para presidente — 15 estão com o candidato do PT e cinco com Jair Bolsonaro (PL).

Cinco legendas ainda não se posicionaram oficialmente sobre a decisão de seus diretórios nacionais: Patriota, PRTB, PMB, PMN e UP. As direções nacionais do União Brasil, o MDB, o PSDB, o PSD, o Podemos, o Novo e o DC optaram pela neutralidade e liberaram os diretórios estaduais para definirem escolhas. Com as decisões, há correligionários em lados opostos no segundo turno e algumas divergências públicas.

No caso do União Brasil, a neutralidade foi anunciada pelo presidente do partido, Luciano Bivar, “em um partido tão grande, é natural que haja posições divergentes. Por isso, em respeito à democracia interpartidária, a direção do União Brasil decide liberar seus diretórios e filiados que sigam seus próprios caminhos, com responsabilidade, no segundo turno das eleições presidenciais e estaduais”, disse.

A posição foi contestada publicamente pelo governador reeleito de Goiás, Ronaldo Caiado, no dia seguinte. “O presidente do partido pode ter a opinião dele, mas a maioria deliberou. Em nome da maioria, comunico que marcharemos com o presidente Bolsonaro”, afirmou.

Lula ou Bolsonaro: os dois lados

No MDB, os integrantes foram para lados diferentes. A senadora Simone Tebet (MS), terceira colocada na eleição para presidente, e o governador reeleito do Pará, Helder Barbalho, decidiram apoiar Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o governador reeleito do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, e o prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo, se aliaram a Jair Bolsonaro (PL).

No PSDB, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o senador José Serra (SP), além de outras figuras históricas do partido, anunciaram voto em Lula, mas o governador de São Paulo, Rodrigo Garcia, e o candidato a governador de Mato Grosso do Sul Eduardo Riedel se alinharam a Bolsonaro.

O prefeito do Rio, Eduardo Paes, e o senador Otto Alencar (BA), entre outros do PSD, são aliados do ex-presidente. O governador reeleito do Paraná, Ratinho Júnior, representa o grupo que está com o atual presidente.