Jogadores do RS são suspeitos de manipulação em resultados no futebol

No início desta terça-feira (18), o Ministério Público de Goiás (MP-GO) e outras autoridades, estavam realizando o cumprimento de três mandados de prisão preventiva e mais 20 mandados de busca e apreensão 16 cidades de seis estados. As autoridades estão investigando uma organização criminosa suspeita de manipular resultados de jogos de futebol profissional, inclusive da Série A do Brasileirão.

Dentre os suspeitos, estão dois jogadores do Rio Grande do Sul, sendo um deles Gabriel Tota, de acordo com o ge. O nome do outro jogador ainda não foi revelado.

Pelotas, Santa Maria e Erechim são as cidades onde foram cumpridos os mandatos no Rio Grande do Sul. De acordo com o Ministério Público do Rio Grande do Sul (MP-RS), que apoiou a operação, foram três mandados de busca e apreensão no estado.

Gabriel Tota, de 21 anos, disputou 23 jogos no ano passado pelo Juventude. Foram sete partidas pelo Brasileirão e seis pelo Campeonato Gaúcho, além de jogos pelo Brasileirão de Aspirantes e Copa São Paulo de Futebol Júnior. Pouco aproveitado no Alfredo Jaconi, ele foi anunciado na semana passada como reforço do Ypiranga, de Erechim, e ainda não entrou em campo.

Times de futebol se manifestam

O Juventude, time que foi defendido por Gabriel Tota em 23 jogos em 2022, disse que “reforça seu posicionamento de inteiro compromisso em colaborar com as autoridades responsáveis pela investigação, uma vez que o nome de um atleta vinculado ao clube foi citado”. O clube ainda afirma esperar “que o Ministério Público e o Poder Judiciário, respeitado o devido processo legal, sejam rígidos na apuração dos fatos e que eventuais responsáveis sejam devidamente penalizados”.

O Ypiranga, atual time do jogador, também se pronunciou: “Hoje pela manhã um atleta recém-chegado ao clube foi alvo da ação da investigação, na sua residência. O clube ressalta que o atleta não participou de nenhuma partida pelo Ypiranga, e que o YFC nada tem de responsabilidade na presente ação”, diz um trecho do texto. “Ressaltamos que não compactuamos e repudiamos veementemente qualquer tentativa de manipulação de resultados, que ferem nossos mais altos valores éticos e esportivos. O clube busca tomar todas as medidas possíveis para evitar e coibir este tipo de ação”, prossegue a nota.

De acordo com o MP-GO, jogadores recebiam ofertas da organização criminosa que variavam entre R$ 50 mil e R$ 100 mil, para que os mesmos fizessem lances específicos nos jogos, como um número determinado de faltas, levar cartão amarelo, garantir um número específico de escanteios para um dos lados e até atuar para a derrota do próprio time.