Ilha das cobras: saiba como estes répteis foram parar neste local

A Ilha da Queimada Grande é um dos pontos mais únicos do Brasil: o território localizado no litoral sul de São Paulo é o habitat natural de cerca de 2 a 2,3 mil serpentes perigosas, as jararacas-ilhoas. Por isso, o local é conhecido como Ilha das Cobras.

Dessa forma, surge a dúvida: como Queimada Grande tem uma população tão significativa de cobras? Os motivos estão associados à sua alimentação e as outras espécies que habitam o território. Confira abaixo mais informações á respeito da ilha das cobras.

Ilha em São Paulo tem mais de 2 mil cobras

As jararacas-ilhoas são uma espécie exclusiva de Queimada Grande. Elas surgiram após se isolarem do continente, e com o tempo, desenvolveram características próprias. Isso teria ocorrido a cerca de 18 mil anos atrás, quando o nível do mar era mais baixo.

O motivo pelo qual as serpentes se reproduziram de forma tão significativa é a quantidade de alimento e a ausência de predadores. Além disso, a jararaca-ilhoa é capaz de sobreviver muitos meses sem comer nada. Por isso, a população das cobras cresceu significativamente.

No entanto, nos últimos anos, foi registada uma redução nos números da espécie – a quantidade de alimentos caiu e o tráfico de animais são os principais fatores associados com a diminuição da população. A redução põe em risco pesquisas realizadas com os espécimes do local.

A Ilha da Queimada Grande não pode ser acessada por pessoas comuns. O local é uma unidade de conservação, de propriedade da Marinha do Brasil. Apenas pesquisadores e cientistas com autorização prévia podem entrar no território.

O nome da ilha é associado aos animais: de acordo com a prefeitura de Intanhaém, o nome é associado com as queimadas na vegetação costeira da ilha, feitas por pescadores para afastar as serpentes.

Imagem: Reprodução / Wikimedia Commons