Hospital do RS é investigado por desviar dinheiro do SUS
Um hospital do Rio Grande do Sul está sendo investigado por caso de desvio de dinheiro do Sistema Único de Saúde (SUS). De acordo com as informações da Polícia Civil, os pacientes estavam sendo cobrados por consultas particulares, mas os atendimentos eram registrados como se tivessem sido realizados pelo SUS.
Nesta terça-feira (9), a administradora do Hospital Adesco, em Humaitá, foi presa preventivamente por suspeita dos crimes de associação criminosa, concussão, peculato, falsidade ideológica e estelionato. Confira abaixo mais informações sobre o caso.
Administradora de hospital é presa por fraude no SUS
Em um dos casos investigados pela Polícia, a ficha de cobrança do SUS registrava uma internação de três dias, enquanto na realidade, a pessoa havia ficado na instituição por apenas um. Nas situações onde era solicitado o comprovante dos serviços, a administradora alegava que os documentos haviam sido furtados.
Em outros casos, haviam atendimentos que eram lançados duplamente, para recebimento tanto do pagamento particular quanto pelo do SUS. Em fala anônima para uma reportagem da RBS TV, uma funcionária do hospital falou sobre uma das situações.
“Foi o caso da paciente que chegou, gestante, e foi feito um parto de emergência. Foi informado que seria cobrado particular, mas depois que a administradora pediu, ordenou pra gente lançar pelo convênio SUS”, revelou a funcionária.
Também foram apontadas outras irregularidades na investigação, como materiais de construção comprados pelo hospital, mas que foram destinados para uso particular da administradora.
De acordo com o delegado responsável pelo caso, o número de atendimentos baixou assim que as denúncias começaram a ser feitas. Ele afirma que isso confirma as suspeitas em torno do caso.
A Polícia Civil também pediu pela previsão preventiva do presidente e da secretária do hospital. O primeiro é o pai da administradora, enquanto a segunda é a sua nora. A ordem de prisão para os demais investigados não foi concedida.
Imagem: Reprodução / Arquivo / Rádio Alto Uruguai
