Grêmio realmente pode perder a arena? Entenda

Questionamentos na Justiça em relação às dívidas que a antiga OAS deixou pela construção da Arena do Grêmio voltaram a incomodar dirigentes do clube. Banco do Brasil, Banrisul e Santander solicitaram penhora do estádio e dos demais bens do tricolor como garantia da quitação dos valores devidos.

A ação tramita na 37ª Vara Cível de São Paulo, onde a juíza Adriana Cardoso dos Reis havia determinado prazo para que os credores estipulassem os bens a serem penhorados.

A Coesa foi a empresa que comprou a parte da OAs no negócio. Seus papéis e da Karagounis estão avaliados em R$ 267 milhões e as dívidas novamente questionadas ultrapassam R$ 226 milhões. O valor refere-se ao montante do financiamento da construção de parcela do estádio.

Ainda em 2022, a Arena havia sido condenada a quitar dívidas vencids. Apenas R$ 66, dos R$ 210 milhões financiados via OAS haviam sido pagos.

Outro processo

Uma ação no Superior Tribunal de Justiça (STJ), impetrada pelo Ministério Público estadual e a prefeitura de Porto Alegre, tenta antecipar o pagamento da recuperação judicial da OAS pelas obras que acontecem no entorno da Arena.

Fora da Justiça

Vereadores de Porto Alegre irão tratar sobre uma possível desapropriação do estádio Olímpico se as obras não começarem logo.

A indefinição a respeito das obras se arrasta desde o primeiro semestre do ano passado.

Quem é o dono?

A Metha é a nova administrado do local. Esse é novo nome da antiga construtora OAS que a Justiça de São Paulo autorizou a mudar sua razão social. A propriedade segue nas mãos da Karagounis e da OAS26.

Até que haja alguma determinação judicial, a Arena não irá a leilão. Em caso positivo, o próprio clube poderá fazer lances pela propriedade. Mesmo que o time perca o lance final pela aquisição da Arena, o novo dono precisará honrar o contrato vigente com o clube que vigora até 2032 para sua utilização.