Grande empresa anuncia demissão de quase 300 funcionários no RS

A empresa multinacional de implementos agrícolas, John Deere, realizou nesta segunda-feira (6) e terça-feira (7), a demissão de 297 funcionários de diferentes postos ligados ao setor de produção de colheitadeiras. Os desligamentos foram comunicados previamente ao Sindicato dos Metalúrgicos de Horizontina e Região.

Com isso, a Stimmmeh negociou com a empresa a redução do contingente de trabalhadores demitidos, além do pagamento de benefícios extras e o condicionamento de alguns desligamentos.

“Apesar de a empresa ter recusado alternativas como o lay-off, conseguimos evitar 53 demissões e chamamos a atenção para a questão familiar. Então não foram dispensados casais, o emprego de um deles foi mantido para garantir uma parte da renda, e priorizado a manutenção do emprego dos jovens, já que no caso de funcionários aposentados, já há essa renda prévia”, explicou Jorge Luís Ramos, presidente do sindicato.

Demissão em massa afeta famílias

No início de agosto, a John Deere já havia demitido cerca de 170 funcionários, defendendo que a medida foi necessária para adequar seu volume de produção ao mercado. Contudo, no mês de julho, a empresa havia anunciado um investimento de R$ 145,1 milhões na expansão da produção na planta Horizontina.

De acordo com o dirigente, a demissão teve como base o excesso de veículos em estoque, cuja demanda sofreu um desaquecimento no último ano.

“Como são produtos que têm muitos itens importados, houve na pandemia quase 800 colheitadeiras que ficaram sem a montagem concluída pela falta de peças. Com a reposição, houve mais de mil contratações para suprir a demanda represada, com recordes como a produção de 23 unidades de colheitadeiras por dia. Agora, são 12 colheitadeiras por dia e há itens parados tanto no pátio quanto nas concessionárias”, detalhou Ramos.

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