Governo suspende empréstimo consignado do Auxílio Brasil

Nesta quinta-feira (12), foi anunciado por Rita Serrano, presidente da Caixa Econômica Federal, a suspensão do empréstimo consignado do Auxílio Brasil.

Dentre as principais causas, Rita Serrano destaca duas. “A primeira é porque o Ministério do Desenvolvimento Social vai revisar o cadastro, então, como o ministério vai revisar o cadastro, não é de bom tom que a gente mantenha, porque nós não sabemos quem ficará nesse cadastro ou não”, afirmou.

“E a outra razão é que de fato os juros para essa modalidade consignada é um juros muito alto, então nós estamos também suspendendo para reavaliar essa questão dos juros e ver as possibilidades que existem para tentar baixar esses juros”, finalizou.

Devedores não serão perdoados no processo de suspensão do empréstimo consignado do Auxílio Brasil

O Auxílio Brasil foi instituído em 2021, durante o Governo Jair Bolsonaro, a fim de substituir o Bolsa Família.

O programa, administrado pelo Ministério da Cidadania, garantia uma renda básica no valor de 600 reais à diversas famílias do Brasil, e foi designado à população em situação de pobreza e de extrema pobreza em todo o país.

Dentre os principais cidadãos que tinham direito ao Auxílio Brasil, destacam-se gestantes, jovens, mães que precisavam amamentar, crianças e adolescentes.  

Após o anuncio feito pela presidente da Caixa Econômica Federal, uma dúvida generalizada surgiu: “Como fica a situação dos devedores?”.

Segundo Serrano, o Banco não trabalha com a possibilidade de perdoar os devedores. “O banco não tem como fazer isso, mas eu acredito que há a possibilidade de negociar com o governo inclusive para baixar os juros”, diz.

A presidente finaliza dizendo que várias reuniões estão sendo realizadas no Ministério da Fazenda, a fim de tentar desenvolver um programa que possa reduzir a quantidade dos brasileiros endividados. “Mas tenho que esperar, porque não está pronto o desenho, estamos discutindo várias hipóteses.”, diz.