Famoso local do RS foi completamente devastado nos últimos anos; veja antes e depois

Um dos locais mais famosos do Rio Grande do Sul passou por um processo de devastação nos últimos anos. O caso é referente ao Parque Maurício Sirotsky Sobrinho, mais conhecido como Parque Harmonia, localizado em Porto Alegre. De acordo com a opinião de especialistas, o espaço tem sido alvo de uma sucessão de irregularidades e crimes ambientais.

Entre 2022 e 2023, durante período de obra executada pela GAM3 Parks, 103 árvores foram extraídas do local. As mudanças tem sido fortemente criticadas por representantes políticos e a área já recebeu até vistoria do Ministério Público do Rio Grande do Sul. Confira abaixo mais informações sobre o caso.

Local de Porto Alegre sofre com devastação ambiental

De acordo com uma arquiteta, que segundo informações do portal Brasil De Fato, foi responsável pelo projeto, a obra em andamento não condiz com o que foi aprovado e não possuí aval da Comissão Municipal de Desenvolvimento Urbanístico e Ambiental (CMDUA) nem EVU (Estudo de Viabilidade Urbanística).

Após as denúncias, o Ministério Público do Rio Grande do Sul visitou o local. Em fala à reportagem do portal GZH, a promotora de Justiça do Meio Ambiente de Porto Alegre, Annelise Steigleder, afirmou que acompanhará a obra de perto, “para garantir que aquele parque seja completamente restaurado, porque ele está bem mexido mesmo”, afirmou Steigleder.

Em defesa às acusações, a concessionária GAM3 Parks alega que entre as 103 árvores extraídas, 40 se encontravam em estado fitossanitário e duas estavam mortas. Confira abaixo a nota da empresa.

“Podem ser feitas novas supressões, mas, como sempre falamos e fizemos, serão avaliadas caso a caso. A remoção ou não de algum vegetal não impacta em mudanças drásticas do projeto. As alterações para evitar o corte de uma árvore é, por exemplo, desviar uma calçada, acatar que a árvore fique no meio do passeio, etc. Nada disso está alterando ou desobedecendo alguma diretriz dada pelo EVU (Estudo de Viabilidade Urbanística). O EVU dá diretrizes e não analisa projeto executivo. Isso vale para o parque e qualquer outro empreendimento.”, afirma a concessionária.

Neste domingo (16), cerca de 100 manifestantes de entidades ambientalistas protestaram em caminhada pela Orla do Guaíba, incluindo representantes do Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano Ambiental.

Imagem: Reprodução / Pixabay