Famoso clube do sul do país que já disputou Série A do Brasileirão está à beira da falência

À beira da falência, um famoso clube da região sul do Brasil entrou em processo de recuperação judicial por dívidas de mais de R$ 40 milhões. Trata-se do Joinville Esporte Clube, que chegou a disputar o Brasileirão na Série A em 2015. O time publicou duas notas abordando o tópico nos dias 15 e 16 de fevereiro.

Na nota, a direção afirma que a responsabilidade pelas dívidas é da “incompetência e ao desprezo ao clube” dos ex-dirigentes. O endividamento, segundo o comunicado, é o resultado da soma de trabalhadores anônimos, atletas que não chegaram a jogar e uma empresária proprietária de um terreiro, a qual o time deve R$ 800 mil.

Dívidas do Joinville são consequência de abandono, afirma a diretoria

A diretoria afirma também que a atual situação é uma consequência do acúmulo de dívidas em gestões anteriores. “Um descompromisso que se evidenciou pelo completo abandono ao clube. Dirigentes que deixaram 5, 10, 20 milhões em dívidas em suas respectivas gestões e agora assistem um clube definhar, como se não tivessem nada a ver com o assunto ou, até se vitimizando por aquilo que eles mesmos fizeram.”

A ênfase está também no compromisso com o processo de recuperação judicial, que a atual gestão considera como algo muito arriscado para o clube. “Mesmo não tendo nada a ver com este passado nefasto e mesmo criticando e apontando as falhas de gestão das antigas diretorias, assumimos o problema como se fosse nosso!”, afirmou a diretoria.

Clube faz avanços no processo de recuperação judicial

No comunicado publicado na quarta-feira (15), a direção do time mencionou que faria uma reunião com a Assembleia de Credores da Recuperação Judicial no mesmo dia, às 15 horas. Na nota publicada no dia seguinte, o time mencionou que a reunião significou avanços para o processo, “abrindo uma nova linha de negociação com os principais credores, para que o clube possa conciliar suas atividades com o pagamento das dívidas”, afirma a diretoria.

Uma nova assembleia será realizada no dia 6 de março. Na segunda nota, a gestão também pede desculpas pela forma como mencionou a dívida com a empresária, a mãe de santo proprietária do terreiro.