Especialista faz alerta importante para os pais e mães do RS

Por muito tempo, o reumatismo era considerado uma condição associada ao envelhecimento. No entanto, com o aumento da utilização de videogames, computadores e celulares cada vez mais sofisticados, a doença vem atingindo mais crianças e jovens. 

Essa condição agora é conhecida por vários nomes, como “witis”, “síndrome da tela-tela”, “polegar do Blackberry” e “cotovelo do celular”, todos eles com origem tecnológica, mas que se referem a doenças reumáticas que antes eram comumente associadas apenas aos idosos.

Especialistas estão preocupados com o tempo que os jovens passam usando aparelhos eletrônicos, pois isso pode levar ao desenvolvimento de tendinite, um tipo de reumatismo. Na conferência Eular em Londres, médicos britânicos defenderam a necessidade de colocar avisos nas embalagens dos eletrônicos alertando sobre as consequências do abuso de videogames e celulares. 

O fisioterapeuta e reumatologista Haim Maleh, do Centro de Reumatologia e Ortopedia de Botafogo (Creb), alerta que o uso excessivo desses aparelhos faz com que as articulações das mãos, punhos e cotovelos sejam usadas repetidamente, o que pode levar ao desenvolvimento de tendinite nessas áreas. A tendinite se caracteriza por dor ao movimento, resultando em dor constante e limitação funcional. 

“Praticar essas ações por muito tempo provoca lesões que acarretam em dores nas mãos e nos punhos. Além disso, na maioria das vezes os usuários adotam posturas inadequadas, resultando no aparecimento precoce de dores na coluna vertebral também”, explica Haim.

Os pais estão se preocupando

Iuri Pimenta, um jovem de 13 anos, costumava jogar videogame por cinco horas diárias. Ele até chegou a parar por algumas horas, mas logo voltava a jogar novamente. A mãe de Iuri, Renata Pimenta (38), que também é professora, está cada vez mais preocupada com a quantidade de tempo que o filho gasta jogando videogame. Essas preocupações se intensificaram ainda mais quando ele ganhou um videogame portátil.

“Eu trabalho e não tenho como vigiá-lo o tempo todo. Restringi o tempo de uso porque estava prejudicando os estudos também. Às vezes, a decisão de fazer um intervalo é dele; em outras, eu peço para que ele descanse um pouco. Observo que a postura dele é meio caidinha enquanto joga”, disse

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