Escolas do Sul terão policiais armados para prevenir ataques

Nesta segunda-feira, dia 10, o governador do estado de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), divulgou que, em um prazo máximo de 60 dias, todas as escolas da região contarão com a presença de policiais armados. A decisão foi motivada pelo triste incidente ocorrido na última quarta-feira em Blumenau, no qual quatro alunos faleceram e outras cinco crianças ficaram feridas em uma escola de ensino infantil.

Essa medida será aplicada em um total de 1.053 escolas públicas e terá um custo anual de 70 milhões de reais.

“Já começamos o processo. A ronda na escola já começou, o vigia na escola já começou. E o homem ou a mulher armada dentro da escola em 60 dias a gente começa”, disse o governador.

A colocação dos atendentes em creches e escolas municipais é de responsabilidade de cada município, conforme afirmou Mello.

“A gente vai ter colaboração com os prefeitos e entendimentos, mas é de responsabilidade do município”, disse.

Após o triste incidente em Blumenau, a prefeitura anunciou um feriado de 10 dias para a rede municipal a fim de contratar segurança privada. O retorno às aulas está previsto para o dia 17 de abril. Quanto à instalação das câmeras, que foram autorizadas pelo município, a prefeitura está programando uma reunião com as autoridades estaduais na próxima semana para dar continuidade aos planos de segurança.

Outras cidades também implementam medidas de segurança

Depois do ocorrido em Blumenau, outras cidades do país decidiram aumentar a segurança nas creches e colégios de suas respectivas cidades.

Em Porto Alegre, nesta segunda-feira (10), a prefeitura da cidade realizou uma reunião no Centro Integrado de Comando (Ceic) para estabelecer uma estratégia para a implementação de um novo sistema emergencial nas escolas municipais e parceiras. O objetivo inicial é consolidar o protocolo que descreve as situações em que o botão de pânico da aplicação BeOn será ativado e como as forças de segurança responderão.

Na cidade de Uberaba, em Minas Gerais, conforme reportado pelo Jornal da Manhã, a vereadora Denise Max enviou um pedido à prefeitura do município para a instalação de botões de pânico nas escolas municipais.

No requerimento, Max destacou a importância de garantir a segurança dos alunos e professores, mencionando que ocorreram mais de oito ataques violentos contra escolas no país nos últimos 10 anos. O sistema proposto prevê a instalação de dois botões de pânico em cada escola, sendo um na direção da escola e outro com um educador selecionado pelos funcionários e professores.

Em Londrina, no Paraná, o prefeito Marcelo Belinati (PP), informou através de suas redes sociais que todas as escolas e creches da cidade, sejam elas municipais, públicas ou particulares, estão equipadas com botões de pânico. Com este dispositivo fornecido pela Prefeitura, as instituições de ensino têm a capacidade de acionar as forças de segurança, incluindo a polícia, de maneira rápida e simples em caso de suspeita ou ataque.

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