Enigma perturbador por trás de cidade fantasma no RS

Apenas a 50 km de Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul, está a famosa cidade fantasma do estado, um vilarejo em torno de um hospital, que já abrigou 1.454 doentes.

O hospital Colônia Itapuã está localizado na área rural de Viamão, em Itapuã, e foi construído nos anos 40 para isolar pessoas com hanseníase (popularmente conhecida como lepra), causada pela bactéria mycobacterium leprae, que afeta a pele e os nervos, podendo gerar deformidades no rosto e em outras partes do corpo, como as mãos e os pés . A estrutura do hospital demorou três anos para ser formada, e atualmente está em ruínas.

A lepra é transmitida pelas vias respiratórias, porém não é uma doença extremamente contagiosa, já que grande parte das pessoas resiste a bactéria.

Apesar de ser uma doença antiga, citada até mesmo na bíblia, a lepra continuou sendo motivo de preconceito durante muitos anos.

Mais que um hospital: uma cidade

Devido a grande quantidade de pacientes, o hospital se tornou um tipo de cidade, divida entre a “área limpa”, onde viviam os funcionários saudáveis e a área intermediária e a “área suja”, onde os doentes viviam isolados.

A Colônia Itapuã também tinha restaurante, hospital, escola, igreja, cadeia e até moeda própria, criada para impedir o intercâmbio de cédulas com o mundo exterior, consideradas uma forma de contagio.

Com a evolução da medicina e a comprovação da eficácia de medicamentos, a lepra deixou de ser um grande problema no país. Com o tempo, os pacientes do hospital foram deixando a clínica e novos pararam de chegar.

Apesar da liberação dos pacientes, muitos já curados, alguns resolveram não deixar o lugar onde passaram a maior parte de suas vidas. De acordo com o portal Mega Curioso, ainda há cerca de 60 pessoas no hospital e muitas não desejam sair.