Empresas gaúchas anunciam corte no orçamento caso Lula seja eleito

Com suspeita de ameaçar fornecedores e empregados com cortes de investimentos e fechamento de postos de trabalho caso Luiz Inácio Lula da Silva (PT) seja eleito presidente, a fabricante de máquinas e implementos agrícolas Stara, de Não-Me-Toque, e a companhia do setor de plásticos Extrusor, de Novo Hamburgo, são suspeitas de coação eleitoral.

Na segunda-feira (03), com o cenário de 2º turno já definido, a Stara divulgou um comunicado informando que reduzirá em 30% o orçamento do próximo ano se o candidato petista for o vitorioso. O diretor-presidente da empresa, Átila Trennepoh, afirmou, em um vídeo nas redes sociais, que o documento foi enviado a fornecedores como “prática comum” e negou ameaças contra funcionários.

Já a Extrusor, na terça, enviou uma carta a fornecedores informando que passará a funcionar apenas de forma virtual, cortando contratos no comércio local, caso Lula seja eleito. O documento foi assinado pelo administrador Vilson Mossmann.

Em nota, o Ministério Público do Trabalho no Rio Grande do Sul e o Tribunal Regional do Trabalho afirmaram, sobre as possíveis tentativas de coação eleitoral no ambiente do trabalho, que tais atitudes podem configurar prática de assédio eleitoral e abuso do poder econômico do empregador. A federação formada por PT, PCdoB e PV denunciou as empresas do Ministério Público Eleitoral por chantagem de votos. A Defensoria Pública da União avalia medidas cabíveis.