El Niño: Saiba até quando o fenômeno ainda deve atuar no clima do planeta

O El Niño, que já causou diversas alterações no clima neste ano, deve durar, no mínimo, até o primeiro semestre de 2024, de acordo com as previsões mais recentes das Nações Unidas. O fenômeno climático deve trazer chuvas anormais para toda a América Latina.

As temperaturas da superfície do mar do Pacífico dispararam nos últimos meses, “com um aquecimento mais forte ao longo da costa sul-americana”, afirmou o relatório da FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura) obtido nesta quinta-feira (19).

De acordo com o documento, as temperaturas da superfície do mar no Oceano Pacífico têm aumentado significativamente nos últimos meses, principalmente ao longo da costa sul-americana.

El Niño ainda deve trazer instabilidades para o planeta

Por influência do El Niño, nos primeiros meses do próximo ano, países como o Peru, Equador e México devem registrar chuvas acima da média. No Brasil, Suriname e na Guaina, a condições de seca devem prevalecer.

No relatório ainda consta que a agricultura fica vulnerável diante destas condições, já que o setor pode ter 26% de perdas econômicas durante condições climáticas extremas e até 82% durante a seca. O documento também diz que anchovas e atuns, que estão entre as principais espécies de peixes, correm risco na costa norte do Peru e no Sul do Equador.

Desde fevereiro, pescadores equatorianos relataram uma redução de 30% na captura de atum.

Fenômeno deve trazer chuvas intensas para SC

Em novembro, Santa Catarina deve ser atingida por chuvas mais chuvas intensas, trazidas pelo fenômeno El Niño. A possibilidade de ocorrências climáticas durante o período não foram descartadas, de acordo com a Defesa Civil do Estado.

O coordenador de Monitoramento e Alerta da Defesa Civil de Santa Catarina, Frederico Rudorff, explica que “o que esperamos é que o aguardado para novembro tenha ocorrido em outubro. Porém, novembro tende a ser mais chuvoso e, por isso, pode ter eventos expressivos”.

Rudorff afirma que é preciso estar em alerta neste mês, mas que até o momento, ainda não foi possível prever se há riscos de grandes enchentes. “A recomendação é de que haja ações de obras preventivas, limpeza de galeria e córregos, e trabalhar com a conscientização da população para criar uma cultura preventiva”.

Imagem: Divulgação / NOAA