Eduardo Leite é reeleito governador do RS; Veja como aconteceu a virada de votos

Eduardo Leite (PSDB) ganhou a corrida eleitoral pelo Palácio do Piratini neste domingo (30). Com isso, o tucano que quase ficou fora do segundo turno por 2.441 votos, foi o primeiro governador a se reeleger no Rio Grande do Sul. 

Com o apoio de 57,12% dos gaúchos, Leite se elegeu em um Estado considerado conservador tanto no quesito econômico quanto por seus costumes. Além de ter privatizado estatais, o político reformou a carreira do funcionalismo, assumiu ser gay e renunciou ao cargo para os preparativos de uma candidatura presidencial. 

Onyx, por sua vez, atingiu a maior parte dos votos no primeiro turno e contava com o apoio do presidente Jair Bolsonaro, candidato que teve a maioria dos votos no Estado. No entanto, o candidato do PL não conseguiu repetir o resultado do candidato à presidência no Rio Grande do Sul e acabou com 919.340 votos a menos que Eduardo. 

O tucano comemorou a vitória no comitê central de campanha, localizado na zona norte de Porto Alegre. Leite apareceu para a imprensa às 19h35, após o resultado ter sido oficializado. Vestido com camiseta branca com a inscrição “Agora somos todos nós por todos nós”, o novo governador do RS pediu por união “Essa terra quer a paz, quer a união, quer o respeito, O Rio Grande definitivamente falou mais alto nesta eleição”, disse Leite.

Após os últimos compromissos de sua campanha, Leite viajou no fim da tarde de sábado para Pelotas, cidade gaúcha onde nasceu e vota. Voltou para a Capital com os pais e o namoradom Thalis Bolzan, onde aguardou o resultado do pleito. 

Leite agradece votos do PT após vitória na eleição

No comitê, Leite reforçou o pedido de conciliação política e agradeceu pelo voto crítico do PT. “Quero agradecer ao voto crítico do PT, que se não vem por convergência dentro da agenda e do programa que temos para o Estado, vem da convergência que temos em torno da democracia, do respeito e do diálogo que temos com os diferentes”, pontuou. Vale lembrar que Leite quase não foi ao segundo turno pela disputa de votos com Edegar Pretto (PT) e que estes votos fizeram a diferença para o tucano no segundo turno. “Tenho a consciência de que muitos votaram em nós mesmo tendo forte divergência com a nossa agenda para o Estado, mas votaram em nós pelo nosso respeito ao espírito democrático. Sou consciente de que seus votos não validam integralmente nossa agenda, o que reforça a necessidade que faça um governo ainda mais aberto ao diálogo. O Rio Grande nos deu uma grande vitória, mas não seremos governo para os 57% que votaram na gente, mas para 100% dos gaúchos”, completou.