Diploma desvalorizado! Pesquisa revelou as profissões com piores salários

Em uma pesquisa recente realizada por Ana Tereza Pires, para a consultoria IDados e publicada pela IstoÉ Dinheiro, foram catalogadas as profissões com maior e menor remuneração no Brasil. Os resultados, baseados no primeiro trimestre de 2024, apontam um cenário onde a disparidade salarial continua presente em várias áreas.

Quais são as profissões mais bem pagas em 2024?

Dentre os achados do estudo, as carreiras na área da saúde e da engenharia ainda dominam o topo da lista dos salários mais altos. Por outro lado, profissões ligadas ao ensino e cuidados continuam a figurar entre as menos remuneradas, demonstrando uma valoração diferenciada do mercado sobre serviços essenciais.

No cenário atual, médicos especialistas encabeçam o ranking com uma remuneração média surpreendente de R$ 15.581,03. Eles são seguidos pelos engenheiros mecânicos e geólogos, evidenciando a alta valorização de profissões que requerem formação especializada e longa.

Apesar da importância social, algumas profissões, principalmente nas áreas de educação e saúde, ainda recebem salários consideravelmente baixos. Educadores para necessidades especiais e escritores, por exemplo, possuem vencimentos que raramente ultrapassam os R$ 3.500,00.

Análise das disparidades salariais

Confira abaixo a lista das profissões com melhor e pior média salarial em 2024.

Profissões com os melhores salários:

  • Médicos especialistas: R$ 15.581,03
  • Médicos gerais: R$ 12.679,21
  • Engenheiros mecânicos: R$ 12.303,43
  • Geólogos e geofísicos: R$ 11.998,88
  • Engenheiros químicos: R$ 11.852,66
  • Profissionais em direito: (com exceção de advogados e juristas) R$ 11.124,91
  • Economistas: R$ 10.123,93
  • Engenheiros de minas, metalúrgicos e afins: R$ 9.763,33
  • Assessores financeiros e em investimentos: R$ 9.545,27
  • Professores de universidades e do ensino superior: R$ 9.534,51
  • Engenheiros não classificados anteriormente: R$ 9.091,19
  • Engenheiros eletrônicos: R$ 9.086,63
  • Analistas de gestão e administração: R$ 9.050,07
  • Desenhistas e administradores de bases de dados: R$ 9.026,15
  • Engenheiros eletricistas: R$ 8.621,06

Profissões com os piores salários:

  • Educadores para necessidades especiais: R$ 3.042,71
  • Escritores: R$ 3.355,90
  • Ministros de cultos religiosos, missionários e afins: R$ 3.366,37
  • Outros professores de idiomas: R$ 3.486,93
  • Professores do ensino fundamental: R$ 3.754,15
  • Desenvolvedores de páginas de internet (web) e multimídia: R$ 3.882,28
  • Desenhistas gráficos e de multimídia: R$ 3.906,09
  • Profissionais da saúde não classificados anteriormente: R$ 3.938,82
  • Fisioterapeutas: R$ 4.008,93
  • Dietistas e nutricionistas: R$ 4.119,42
  • Biólogos, botânicos, zoólogos e afins: R$ 4.132,90
  • Administradores de sistemas: R$ 4.249,00
  • Assistentes sociais: R$ 4.297,58
  • Especialistas em métodos pedagógicos: R$ 4.469,96
  • Professores de formação profissional: R$ 4.562,31
  • Especialistas em políticas e serviços de pessoal e afins: R$ 4.608,97

Perspectivas para o futuro

O estudo conduzido por IDados serve como um indicativo para futuros profissionais e estudantes que estão no processo de escolha de carreira. Além disso, é um chamado para políticas públicas que possam reavaliar e valorizar profissões que, embora fundamentais, são menos reconhecidas monetariamente.

Enquanto profissões como a medicina e engenharia continuam a ser altamente recompensadas, é essencial que haja uma reflexão sobre como equilibrar essa disparidade, visando não apenas a equidade salarial, mas também a valorização de todas as formas de trabalho.