Desastre natural faz economia do RS ser a pior do Brasil

Neste ano, o Rio Grande do Sul foi atingido por intensas chuvas, que além de destruir casas e tirar vidas, também impactou na economia, de acordo com os dados do Índice de Atividade Econômica Regional do Rio Grande do Sul (IBCRRS), calculado pelo Banco Central. O indicador, considerado uma prévia do PIB, caiu 1,2% em agosto. Em relação a setembro do ano passado, a queda foi de 5,2%, a maior do país.

Quando considerado o terceiro trismestre, este declínio é ainda maior. A queda foi de 6,2%, quando comparado com o segundo trimestre do ano. O cálculo foi feito pelo economista-chefe da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL POA), Oscar Frank, a partir dos dados do Banco Central.

Economia do RS fica acima da média nacional

Apesar dos resultados negativos, a economia do RS apresenta um crescimento de 3,6% nos últimos 12 meses, que fica acima da média nacional. A agropecuária é responsável por grande parte desse crescimento. O Estado teve uma estiagem, porém, a safra foi menos impactada do que em 2022, resultando em uma base de comparação baixa.

O economista afirma que é esperada uma expansão de 6,2% na produtividade. No entanto, o Estado ainda ficará 30,4% abaixo da safra 2020/21.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em setembro de 2023, a produção industrial do Rio Grande do Sul apresentou queda de 5,4% relação ao mês anterior, sendo um dos recuos mais intensos do país. O acumulado nos últimos 12 meses caiu 4,3%.

O comércio também foi impactado. O volume de vendas recuou 2,8%, quando comparado com o mês anterior. O acumulado de 12 meses tem avanço de 2,8%.

O volume de serviços teve queda de 1,6%. O setor está 13,3% acima do nível de fevereiro de 2020, pré-pandemia. O acumulado em 12 meses apresentou um crescimento de 6,6%.