Cobrança para acesso ao aeroporto Salgado Filho começa hoje

Uso do meio-fio será permitido por 10 minutos; caso esse período seja excedido, serão cobrados R$ 20 a cada 10 minutos ultrapassados.

Nesta segunda-feira (08), a Fraport começou a cobrar o estacionamento por período excedente nas áreas de embarque e desembarque do Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre, após três meses de teste.

O uso do meio-fio, para embarque e desembarque de passageiros, será permitido por 10 minutos — caso esse período seja excedido, serão cobrados R$ 20 a cada 10 minutos ultrapassados.

“Não se trata de multa e não se trata de uma taxa de estacionamento. É uma cobrança pelo uso excedente da infraestrutura”, diz Natalie Valezi, diretora de marketing, comunicação e qualidade da Fraport Brasil.

Na manhã desta segunda, o sistema funcionou com agilidade e não foram registradas filas ou qualquer tipo de transtorno mais grave. Durante a madrugada, entre 4h e 5h, porém, motoristas reclamaram de demora no acesso.

A diretora de marketing da concessionária que administra o aeroporto explica que o pagamento do tíquete pode ser feito nos pontos de autoatendimento da Estapar, inclusive naquelas próximas às cancelas de saída, onde há um recuo para carros delimitado.

“Diversos veículos ficavam estacionados em local proibido no meio-fio, dificultando acesso dos motoristas para embarcar ou desembarcar passageiros. Com este projeto, não queremos receita. Queremos organizar o meio-fio para que todos tenham acesso a parar e fazer este desembarque ou embarque”, assegura.

Os motoristas que desejarem permanecer por mais tempo no aeroporto, além do período indicado para embarque e desembarque em veículos, poderão buscar as áreas de estacionamento, que serão acessadas com o mesmo tíquete.

As cancelas na entrada e na saída do terminal de passageiros foram instaladas em abril. Neste mês, também, o Ministério Público Federal (MPF) encaminhou à Fraport, à Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) e à Agência Nacional da Aviação Civil (Anac) alguns questionamentos sobre a legalidade da instalação dos equipamentos, gestão dos espaços, possível abusividade do valor a ser cobrado e exiguidade de prazo de permanência.

Em duas ocasiões a administradora do Salgado Filho alterou a data de início da cobrança — problemas na emissão dos tíquetes, que ocasionaram filas, foram os principais motivos para os adiamentos.

A Fraport justificou ter feito análises sobre a utilização do meio-fio pelos usuários a partir de imagens das câmeras e por meio de simulações.