Cobasi recebe proibição da Justiça após polêmica em enchente de Porto Alegre

Recentemente, uma decisão judicial movimentou o segmento de pet shops no Brasil. A juíza Patrícia Antunes Laydner, atuante na 20ª Vara Cível e de Ações Especiais da Fazenda Pública de Porto Alegre, emitiu uma sentença que proíbe a Cobasi, uma conhecida rede de lojas de produtos para animais, de realizar a venda de animais em suas filiais localizadas dentro de shoppings centers. Esta medida afeta todas as unidades da rede no território nacional.

A medida, que já está em vigor, impõe uma multa diária de R$ 1.000,00 caso haja desobediência. Além disso, a Cobasi deve relocar os animais que atualmente estão à venda nas lojas de shoppings para outras unidades ou locais adequados dentro de um prazo máximo de cinco dias.

Por que a Cobasi não pode mais vender animais em shoppings?

A decisão resulta de uma Ação Civil Pública movida pela Associação Instituto Amepatas, que solicitou medidas urgentes. A associação alegou que a ação visa responsabilizar a ré por danos ambientais causados pela exposição dos animais ao sofrimento durante sua atividade comercial. A ação menciona o incidente ocorrido em 17 de maio deste ano na unidade da Cobasi no Shopping Praia de Belas, em Porto Alegre, no qual animais faleceram devido a enchente que afetou a cidade.

A decisão da justiça vem em um momento onde a venda de animais em ambientes comerciais, especialmente em shoppings, tem sido amplamente debatida por questões éticas e de bem-estar. Shoppings centers, muitas vezes, não oferecem o ambiente mais saudável para animais, devido à falta de espaços adequados para sua alocação e a alta exposição a estímulos estressantes.

Para a Cobasi, a decisão implica uma revisão de estratégia nas operações de venda de animais. Esta restrição poderá incentivar a rede e outras empresas do ramo a investirem mais em adoções em parceria com ONGs e abrigos, além de promoverem a conscientização sobre cuidado e proteção animal. Para os consumidores, isso pode significar uma mudança na forma como adquirem seus pets, potencialmente favorecendo práticas mais responsáveis.