Cirurgia de coluna inédita no RS utiliza robô que simula braço humano; Confira

Uma cirurgia inédita realizada no Rio Grande do Sul simulou um braço humano para auxiliar na fixação de parafusos na coluna de um paciente.  A operação foi realizada em um paciente de 65 anos que sofria com dores na coluna lombar que atingiam outras partes do corpo. 

O uso de robôs em cirurgias já não é novidade, têm sido cada vez mais frequentes os procedimentos que fazem uso da tecnologia para casos específicos. Porém esta cirurgia realizada no Rio Grande do Sul foi a primeira neurocirurgia robótica feita em toda a América Latina. 

Pela primeira vez, o braço robótico atuou junto com a equipe médica, sendo um braço auxiliar no procedimento. 

A cirurgia consiste na descompressão dos nervos da coluna, além da estabilização desta a partir da colocação de parafusos para que as vértebras não desloquem. 

O auxílio prestado pelo robô garantiu maior precisão na fixação dos parafusos, reduzindo a possibilidade de complicações e novas cirurgias caso o implante fosse colocado no local errado. 

A utilização do braço robótico só foi possível com o auxílio da neuronavegação, prática que analisa imagens da anatomia do paciente e indica o local exato em que o parafuso deve ser colocado.

Cirurgia com tecnologia de navegação é mais precisa, diz médico 

Para pereira filha, cirurgião que realizou o procedimento cirúrgico a utilização da neuronavegação junto do robô a operação ganha uma precisão ainda mais notável. 

O médico esclarece que, em cirurgias do tipo realizadas sem o auxílio da tecnologia, cerca de 20% dos parafusos são colocados em um posicionamento que não seria o ideal. Ao utilizar a neuronavegação o percentual cai para 4%. 

O Hospital Moinhos de Vento de Porto Alegre já realizou três procedimentos bem-sucedidos com o braço robótico.

O resultado positivo do processo deu esperanças para que robôs sejam novamente utilizados em outros procedimentos do tipo. A utilização desta tecnologia, no entanto, ainda possui um alto custo. O robô utilizado na cirurgia inédita custa cerca de R$2,3 milhões.