Cidade do RS registra um a cada quatro desabrigados do estado

As enchentes que afligem o estado do Rio Grande do Sul têm causado desastres substanciais na vida de muitos moradores. A cidade de Canoas é uma das mais impactadas, com um número alarmante de desabrigados que procuram refúgio nos abrigos disponíveis.

Canoas tem mais de 25% dos desabrigados no RS

Canoas registra um agravo na situação de crise com um total de 21.294 pessoas alojadas em abrigos temporários. Esse número representa quase 27% do total de desabrigados em todo o estado, de acordo com informações fornecidas pela Secretaria de Desenvolvimento Social com base nos dados da Defesa Civil.

Além de Canoas, outras cidades enfrentam problemas similares, embora em menor escala. Porto Alegre e São Leopoldo também se destacam no triste ranking de desabrigados, com respectivamente 14.313 e 17,50% das pessoas fora de suas casas. Guaíba e Novo Hamburgo também foram severamente atingidos, evidenciando a magnitude da calamidade que assola o estado.

Uma iniciativa importante para o gerenciamento da crise é o censo nos abrigos, que busca obter uma caracterização detalhada destes espaços e, assim, direcionar os esforços de maneira mais eficaz. A secretaria já deslocou servidores para auxiliar neste censo, e os resultados devem ajudar no planejamento das ações de assistência. Confira a listagem das cidades com maior número de abrigos no RS:

  • Porto Alegre – 167 abrigos
  • São Leopoldo – 93 abrigos
  • Canoas – 80 abrigos
  • Guaíba – 70 abrigos
  • Gravataí – 34 abrigos
  • Rio Pardo – 32 abrigos

Outro esforço notável é a plataforma SOS Rio Grande do Sul, desenvolvida por um grupo de voluntários. Esta ferramenta online visa facilitar a comunicação entre a população e os abrigos, organizando informações sobre disponibilidade e necessidades específicas de cada local. Essa iniciativa tem sido fundamental para a coordenação das ações entre a Cruz Vermelha, Médicos Sem Fronteiras e outras entidades.

A infraestrutura das cidades afetadas sofreu danos significativos, afetando desde vias públicas até serviços básicos como fornecimento de água e eletricidade. A reconstrução dessas áreas será um grande desafio para os governos local e estadual nos próximos meses.