Cidade do RS é a que mais envelheceu no Brasil nos últimos anos

Recentes dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelam uma significativa transformação demográfica no Rio Grande do Sul, posicionando-o como o estado com o maior aumento percentual de idosos nos últimos dez anos. Este fenômeno não apenas define uma nova estrutura etária, mas também impõe desafios e oportunidades para a região.

O Rio Grande do Sul abriga nove das dez cidades mais velhas do Brasil. É nesse estado que encontramos Coqueiro Baixo, a cidade onde a população registra o maior índice de envelhecimento em todo o país.

Quais são os números por trás do envelhecimento no RS?

De acordo com o IBGE, o Rio Grande do Sul hoje conta com 1.534.498 pessoas com 65 anos ou mais, o que representa 14,1% da população total do estado. Este percentual supera os índices de estados como Rio de Janeiro e Minas Gerais, que apresentam respectivamente 13,1% e 12,4% de suas populações compostas por idosos.

Evolução da proporção de idosos ao longo dos anos:

  • 1980: 4,7%
  • 1991: 5,8%
  • 2000: 7,2%
  • 2010: 9,3%
  • 2023: 14,1%

Como o envelhecimento afeta as cidades gaúchas?

Coqueiro Baixo, Santa Tereza e Três Arroios são apenas alguns exemplos das cidades gaúchas que lideram o ranking de envelhecimento no Brasil. Nestes locais, a proporção de idosos é notavelmente alta em relação ao grupo de jovens de 0 a 14 anos, o que destaca o rápido envelhecimento da população estadual. Esse cenário é visível principalmente em Coqueiro Baixo, que possui uma média de idade de 53 anos e um impressionante índice de envelhecimento de 277 idosos para cada 100 jovens.

O aumento do número de idosos implica diretamente na necessidade de aprimoramento das políticas públicas, especialmente na saúde, na assistência social e no planejamento urbano. As estruturas atuais precisarão adaptar-se para oferecer melhor qualidade de vida para essa faixa etária, garantindo acesso a serviços essenciais e integrando-os ativamente na sociedade.

Este estudo do IBGE não só fornece um panorama detalhado sobre o envelhecimento populacional no Rio Grande do Sul, mas, como destacado em relatórios anteriores, este fenômeno está ocorrendo globalmente, sendo vital para os gestores públicos criarem estratégias eficazes para abraçar essa nova realidade demográfica.

Portanto, enquanto o Rio Grande do Sul se destaca como precursor no cenário de envelhecimento, ele também se torna o centro das atenções em termos de adaptação social e econômica necessária para hospedar uma população que envelhece rapidamente. Já é hora de pensar e agir proativamente em face desse inevitável avanço demográfico.