Brasil é o 6º pior colocado em ranking mundial após perder posições

O cenário da competitividade global continua a representar um grande desafio para o Brasil. Recentemente, de acordo com a avaliação do International Institute for Management Development (IMD) em cooperação com o Núcleo de Inovação e Tecnologias Digitais da Fundação Dom Cabral, o Brasil foi classificado na 62ª posição em um contexto de 67 países analisados. Este ranking destaca várias dimensões que contribuem para a competitividade internacional, incluindo crescimento econômico, bem-estar social e infraestrutura.

Por que o Brasil está na 62ª posição em competitividade?

A dinâmica desse ranking funciona como um termômetro para que tanto o setor público quanto o privado possam avaliar e redirecionar seus esforços. A análise mostra que apesar do vasto território e riqueza, o Brasil continua enfrentando obstáculos significativos para melhorar sua posição no cenário global. Hugo Tadeu, diretor do Núcleo de Inovação e Tecnologias Digitais da FDC e cabeça da pesquisa no Brasil, aponta que a nação sofre com problemas de investimento decorrentes de uma mentalidade não totalmente voltada para inovação e crescimento qualitativo.

A posição relativamente baixa do Brasil pode ser atribuída a vários fatores críticos. No quesito de desempenho econômico, marcado por aspectos como Produto Interno Bruto (PIB) e inflação, o país até apresenta uma situação melhor, ocupando a 38ª posição. Contudo, a eficiência empresarial e governamental deixa a desejar, com a nação figurando apenas em 61º e 65º lugares, respectivamente.

Fatores críticos que afetam a posição do Brasil

  • Eficiência governamental e empresarial: baixo desempenho nessas áreas compromete o crescimento geral.
  • Alto custo de capital: aumentado por uma alta carga tributária e complexidade legal para abrir negócios.
  • Insegurança jurídica: afugenta investidores e eleva o custo de fazer negócio no país.
  • Pouco investimento em inovação: falta de compromisso com a ciência, tecnologia e inovações digitais.

Hugo Tadeu enfatiza que o Brasil precisa focar no crescimento de qualidade por meio do investimento em produtividade. Os pilares desse desenvolvimento são custo de capital, conhecimento e, crucialmente, inovação. Sem um foco claro nessas áreas, continuaremos a ver um desempenho insatisfatório. Ele também reforça que a mudança de mentalidade sobre como o crescimento deve ser encarado é essencial para progredir neste ranking.

O Brasil enfrenta grandes desafios também na área de educação, que diretamente impacta a competitividade. O país está classificado em posições muito baixas quando se trata de gestão educacional e habilidades linguísticas. Para Tadeu, uma agenda focada em melhorias educacionais é crucial.

Apesar dos desafios, o economista vê com otimismo as oportunidades emergentes no sector de energia verde, onde o Brasil já ocupa a 5ª posição. Aproveitar esse potencial dependerá diretamente de nossas capacidades em ciência e tecnologia. Assim, enquanto os desafios são grandes, as oportunidades para inovação e evolução também existem, cabendo ao Brasil saber aproveitá-las.