Banco Central não perde tempo e manda recado para Lula

O Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) alerta o governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva para os riscos de um desarranjo fiscal. O comitê afirma que o tópico fiscal foi discutido extensamente em reuniões realizadas nos dias 6 e 7 de dezembro.

Caso o processo de desinflação não ocorra como o esperado, o Banco Central confirma que não hesitará em retomar o ciclo de ajuste, fazendo com que a taxa básica de juros permaneça mais tempo como está, ou então que suba antes do previsto.

O que o alerta do Banco Central significa para Lula?

Segundo economistas, o alerta é um sinal impactante, indo contra as expectativas de um corte da Selic, de manutenção em 13,75% ao ano, no segundo semestre de 2023. Há também outros fatores em consideração, como a aprovação da PEC de Transição na Câmara dos Deputados.

Vale ressaltar que o Banco Central do Brasil também demonstra que a subida dos juros pode surtir menos efeito, de acordo com decisões do governo Lula. Fatores que podem afetar o resultado incluem custos de ativos, a incerteza na economia, taxas de juros neutras e expectativas de inflação.

Segundo as mesmas afirmações, há também o comentário de que preços internos podem ser afetados pelo cenário mundial em mudanças, caso o crescimento global seja abaixo do esperado no próximo ano. Tony Volton, ex-diretor do BC, afirma que fatores externos podem ter mais impacto nas políticas do Banco Central do que os gastos já estimados do novo governo.