Por que a região Sul é a mais desenvolvida do Brasil? Entenda
O Atlas do Desenvolvimento Humano Brasil 2013, divulgado esta semana pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), evidencia as diferenças do desenvolvimento dos estados do Centro-Sul, Norte e Nordeste do Brasil.
Em uma dupla divisão do mapa baseado nos rankings estaduais, os estados da parte de baixo do mapa ocupam as 11 primeiras posições. Após isso, o Amapá, na região Norte, aparece na 12º posição. Liderando na região Nordeste está o Rio Grande do Norte, na 16º posição.
As três últimas posições do ranking são ocupadas por Pará (25º), Maranhão (26º) e Alagoas (27º). Somente Maceió, dentre todas as cidades alagonas possui um Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) considerado alto.
O IDHM resulta da análise de dados dos censos de 1991, 2000 e 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Ao portal Rede Brrasil Atual o secretário de Desenvolvimento Social e Agricultura Familiar do Maranhão, Fernando Fialho, reconhece os desafios que o estado precisa enfrentar: “O Maranhão tem uma ocupação muito esparsa, e isso dificulta o acesso às políticas públicas. Isso está incluído no planejamento do governo, inclusive fazer a interligação por asfalto de todos os municípios”.
Também ao portal, o secretário de Planejamento e do Desenvolvimento Econômico de Alagoas, Luiz Otávio Gomes, concorda com Fialho: “Isso ocorre ao longo do tempo. No Sul e no Sudeste há mais desenvolvimento porque as políticas do país são mais concentradas nessas regiões. Onde estão as indústrias de grande porte e os maiores investimentos? No Sul e Sudeste”.
O professor de ciência política da Universidade Federal de Alagoas Ranulfo Paranhos atenta para as diferentes formas de se fazer política no Sul e no Norte. Ele atribui à não circulação de inovações políticas no Norte e Nordeste, deixando-os reféns de elites tradicionalistas. Segundo ele, há uma perpetuação muito menor dessas elites no Sul e Sudeste, além da presença de uma oposição forte.
