7 de Setembro: grupos de direita e de esquerda organizam atos em Porto Alegre

Manifestações políticas por todo o país devem tomar conta do Dia da Independência.

Em Porto Alegre, está prevista para começar às 10 horas uma regata pelo Dia da Independência, organizada pela Liga de Defesa Nacional. Os barcos devem se concentrar no Pontal do Estaleiro e percorrer o Guaíba até atracar nas proximidades do Cais Embarcadero, junto à Avenida Mauá (no Centro). A organização admite que a regata deve coincidir com o desfile militar e diz que isso foi idealizado, “para criar o clima de Sete de Setembro”.

“Estamos prevendo a presença de 400 embarcações decoradas em verde e amarelo, entre barcos de pesca, lanchas e jet-skis. Será em apoio ao presidente, por tudo que ele fez nos últimos quatro anos” comenta o deputado federal Bibo Nunes (PL-RS), um dos organizadores do “Desfile Náutico”.

Durante a tarde do dia 7, no Parque Moinhos de Vento (Parcão), apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) devem se concentrar ali a partir das 14 horas e isolar parte das pistas da Avenida Goethe. A animação será da Banda Loka Liberal e grupos de motociclistas também anunciam comparecimento.

Do outro lado, a esquerda planeja manifestações para o dia 7, longe das planejadas pela direita, com a ideia de evitar conflitos. Como acontece há 28 anos, organizações sindicais, religiosas e grupos de defesa de causas indígenas vão realizar o Grito dos Excluídos e das Excluídas, em contraponto ao desfile militar do Sete de Setembro e em protesto contra o governo Bolsonaro.

Em Porto Alegre, o protesto será marcado por uma marcha prevista para começar às 9h, com concentração na frente da Igreja São José do Murialdo (Rua Vidal de Negreiros, 550, no bairro Partenon). A ideia é percorrer alguns quilômetros até a Igreja São Judas (Rua Juarez Távora, 171), no bairro Partenon, em frente ao campus da Pontifícia Universidade Católica (PUC-RS). Ali deve ser realizado um almoço comunitário.

“O lema deste ano é A Vida e a Democracia: Terra, Pão, Trabalho e Teto. Vamos falar sobre o agravamento da fome e dizer não ao golpe, que muitos ficam pregando por aí” – diz Amarildo Cenci, presidente da Central Única dos Trabalhadores no Rio Grande do Sul (CUT-RS).