Rússia ataca a Ucrânia por vários pontos estratégicos, veja
Na manhã desta quinta-feira (24), o presidente da Rússia, Vladmir Putin, confirmou o início de uma operação militar especial no leste da Ucrânia.
Putin, em sua declaração, definiu o governo Ucraniano como “neonazista”, e justificou o ataque sendo em cumprimento aos tratados de amizade e cooperação entre a Rússia e as regiões separatistas do leste ucraniano, Donetsk e Luhansk.
Além disso, fez um alerta contra qualquer interferência estrangeira, declarando que quem tentar interferir ou criar ameaças à Rússia terá “resposta imediata e consequências como nunca antes experimentadas na história”.
A movimentação das tropas russas teve início às 5h da manhã na Ucrânia, e logo após o anúncio, houveram relatos de explosões e sons de artilharias em várias regiões ucranianas.
Regiões ucranianas atacadas pela Rússia
Ao contrário do discurso de Putin, a ação dos militares russos não se limitou apenas à região leste da Ucrânia. Há relatos de explosões e ataques com mísseis inclusive em Kiev, capital da Ucrânia.
As sirenes da cidade foram acionadas nesta manhã para alertar os moradores sobre o perigo de mais ataques. O aeroporto da cidade foi esvaziado e teve voos cancelados.
Além da capital, a segunda maior cidade do país, Kharkiv, também foi atingida. Uma fonte do Ministério do Interior relatou que os centros de comando militar foram atacados com mísseis.
Anton Gerashchenko, conselheiro do ministro do Interior ucraniano, informou que tropas russas desembarcaram na região de Odessa e cruzam a fronteira na cidade de Kharkiv.
De acordo com o assessor presidencial Oleksiy Arestovych, já são cerca de 40 militares e 18 civis mortos após o avanço das tropas russas comandadas por Putin.
Reação da Ucrânia
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, em discurso, pediu que a população se mantivesse em calma e em suas casas, caso fosse possível.
Volodymyr também anunciou a instauração da Lei Marcial, que derruba as leis civis para priorizar as leis militares. Esta só pode ser imposta quando há riscos intensos à população, como conflitos armados.
Foi ordenada no país a mobilização de reservistas de 18 a 60 anos. O governo também pediu para que cidadãos Ucranianos que estejam na Rússia saiam do país “imediatamente”.
“Putin acaba de lançar uma invasão em grande escala da Ucrânia. Cidades pacíficas da Ucrânia estão sob ataque. Esta é uma guerra de agressão. A Ucrânia se defenderá e vencerá. O mundo pode e deve parar Putin. A hora de agir é agora”, declarou o ministro de Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba.
