Policiais movimentam greve para solicitar o aumento salarial

Policiais Civis e Militares de Minas Gerais entraram em greve na segunda-feira (21) para reivindicarem o aumento salarial prometido pelo Governador bolsonarista Romeu Zema, do Novo.

A manifestação ocorreu na Praça da Estação e Praça 7, no centro de Belo Horizonte, com a intenção de pressionar o Governo do estado a conceder o reajuste de 24% no salário prometido à categoria.

O presidente da Associação de Policiais e Bombeiros Militares de Minas Gerais (Aspra-MG), subtenente Heder de Oliveira, afirmou que a categoria está unida. “Ao final da assembleia [de ontem] deliberou-se por entrar em estado de greve das forças. O desenrolar disso vai acontecer até o final dessa semana. Cada entidade vai articular com seus membros”, disse. 

Heder afirmou ainda que a greve vai durar até o governo negociar com a categoria. Apenas 30% dos servidores irão dar expediente segundo decisão da Assembléia.

A categoria sempre foi uma importante base de apoio para o presidente Jair Bolsonaro. No orçamento de 2022, o governo incluiu 2 bilhões de reais para aumento do salário dos policiais federais, rodoviários federais e agentes penitenciários, o que provocou a reação das outras categorias que não foram incluídas no ajuste.

Políticas públicas para valorização nacional

As Associações de classes garantem que essa movimentação é apenas pontual e que políticas públicas voltadas à segurança pública precisam ser elaboradas com abrangência nacional.

Segundo o presidente da Aspra-BA e diretor da Associação Nacional de Praças (Anaspra), Marcos Prisco, “O que precisamos é de uma política nacional voltada à valorização do profissional de segurança pública. Mas, enquanto isso não acontece, os governos se aproveitam disso para não atender nossos pleitos e para jogar a gente contra a sociedade e nos oprimir”.

Prisco ainda destacou que esse movimento pode estimular outras greves da categoria no país, mas que não existe uma articulação nacional nesse sentido.