Uso de remédios para emagrecer causa preocupação nas autoridades

Uso indiscriminado de remédios para emagrecer tem preocupado médicos e autoridades sanitárias, entenda o caso.

Atualmente, as pessoas tem se preocupado cada vez mais com sua forma física e com sua beleza, mas na ânsia de atingir um patamar “ideal” acabam prejudicando fortemente sua saúde, com o uso dos chamados inibidores de apetite, os famosos remédios para emagrecer.

O Que são os inibidores de apetite?

Também conhecidos como  anorexígenos são medicamentos à base de anfetamina que funcionam como moderadores de apetite. Os remédios são receitados em tratamentos contra obesidade, em geral quando dieta e exercícios não dão os resultados pretendidos.

Nos últimos 15 anos, apenas quatro medicamentos para a obesidade receberam registro das agências reguladoras em todo o mundo, a dexfenfluramina, o rimonabanto, a sibutramina e o orlistat. No Brasil, a primeira foi suspensa após cinco anos de uso, devido a constatação de causar lesões nas válvulas cardíacas, o segundo foi suspenso em menos de um ano, após as observações de causar problemas psiquiátricos e a cada dia aumenta o cerco à sibutramina.

O que a ciência diz

A verdade é que os Inibidores de apetite são usados para o emagrecimento desde os anos 1930. Eles atuam em uma região do cérebro chamada hipotálamo, de modo a aumentar a sensação de saciedade e diminuir o desejo por comida. São receitados para pacientes com Índice de Massa Corporal acima de 30, considerados obesos, que não conseguem emagrecer – ou manter o peso ideal –, mesmo depois de tentar mudar hábitos alimentares e de fazer atividade física. Esse é um problema recorrente: de acordo com um trabalho de pesquisadores da Universidade da Pensilvânia, publicado em 2009, metade dos pacientes retoma o peso original cinco anos depois de ter emagrecido por meio de mudanças comportamentais.

Problemas e efeitos colaterais

Como todo medicamento, os utilizados no tratamento da obesidade também devem ter a indicação e a supervisão de um profissional especializado, não devendo ser usados indiscriminadamente, mesmo porque o tratamento medicamentoso da obesidade somente é recomendado em casos especiais como, por exemplo, quando a obesidade está associada a outras doenças (hipertensão arterial, diabetes mellitus, doenças cardiovasculares, colesterol sangüíneo elevado). Alguns problemas ocasionados pelo uso desses remédios:

  • aumento de pressão arterial e frequência dos batimentos cardíacos
  • dor em região lombar, náusea, aumento do suor, modificação do paladar,
  • alterações da visão (moscas volantes)
  • Cirrose hepatica
  • Taquicardias

Em se tratando de obesidade, não existem fórmulas mágicas nem soluções imediatas e fáceis. O indivíduo deve estar ciente que para conseguir um resultado duradouro e satisfatório à saúde, o mais indicado é uma mudança de comportamento com a correção de hábitos alimentares inadequados e o aumento do gasto energético, através do exercício físico.