Protesto contra morte de jovem pela PM tem caminhões queimados e espancamento

Um protesto que reuniu cerca de 300 pessoas, contra a morte de um jovem de 15 anos, assassinado a tiros após um suposto confronto com policiais militares, na última quinta-feira, 6, deixou ao menos três veículos incendiados na tarde desta sábado, 8, na Travessa Somos Todos Iguais, no Jardim da Conquista, região de São Mateus, na Zona Leste da capital.

Familiares e amigos do adolescente identificado como Luan, iniciaram um ato por volta das 15h30, contra a morte do garoto. Inicialmente pacífico, com faixas pedindo “justiça”, o ato começou a ter cenas de violência quando um grupo de manifestantes atou fogo a um caminhão baú e, na sequência, a um veículo Celta. Com a chegada da PM, uma parte dos manifestantes começou a atirar pedras, bombas caseiras e pedaços de madeira contra os policiais militares, além de formarem barricadas com lixo e restos de móveis. Um segundo caminhão, desta vez uma betoneira roubada momentos antes, foi atirada na direção dos PMs. Logo após, o caminhão foi completamente queimado.

Um motoqueiro, que seria funcionário de uma emissora de TV, foi interceptado, roubado e espancado, sendo as cenas transmitidas ao vivo pela TV Bandeirantes. O motoqueiro conseguiu escapar com o auxílio de outros participantes do protesto. A PM, que estava a poucos metros do local do espancamento, ficou passiva à situação. Em entrevista ao Brasil Urgente, o capitão Maceira, disse que a PM não interviu, para não piorar a situação. Homens do 38º Batalhão, da Força-Tática e da Rocam, estão no local para “reintegrar a ordem”.